terça-feira, 13 de julho de 2010

O que precisei dizer.

Todo Teólogo tem muito a aprender com um Pastor Avivado.

Bem já faz certo tempo que não publico nada no blog, isso é porque quando me propus a fazer o blog combinei comigo mesmo que só escreveria quando sentisse vontade, para que o blog não se tornasse mais uma obrigação.

Uma vez que me justifiquei, resolvi escrever sobre algo que tem me incomodado muito desde minha formatura, o mito do pastor leigo que tem muito a ensinar para o pastor teólogo.

Com certeza, existem pastores leigos que tem muito a ensinar a nós teólogos, com sua dedicação, amor a obra, resignação cultura e conhecimento aprofundado da palavra de Deus.

O problema é quando se pressupõe que o pastor leigo, justamente por ser leigo tem sua porção de ministério aumentada devido a uma unção espiritual diferenciada. Essa unção costuma ser diretamente proporcional ao carisma desse pastor. A ideia é de quanto maior a unção maior o contato com as “realidades espirituais” de forma que essa linha de comunicação com o sobrenatural seja suficiente para suprir a ignorância de muitos pastores leigos em relação a palavra de Deus, doutrina e os mais simples princípios da hermenêutica. Existem grandes teólogos que não são pastores e ao mesmo tempo existem grandes pastores que não cursaram um curso de teologia. Nestes casos, os que conheço, são autodidatas, pessoas com uma inteligência e dedicação superiores, esses eu excluo da crítica que escreverei a seguir, dirigida aos sacerdotes.

Não questiono a vocação de ninguém, mas questiono seu exercício do ministério, ao menosprezar a teologia, retirar dos teólogos qualquer espiritualidade possível e rotular qualquer forma de teologia como a sabedoria humana rejeitada por Paulo. (ICo 1.19-22) de forma que a teologia é colocada no exército inimigo como qualquer outra fonte de sabedoria humana.

O frio teólogo passa então a condição de aprendiz do avivado ignorante, do que expõe ao ridículo a fé cristã e engrossa a fileira dos decepcionados com Deus e desacreditados da igreja. Essa fé é apresentada mutilada pelo critério comum dos ignorantes: sua subjetividade, critério comum também dos fiéis.

A teologia pode parecer estéril e serve muitas vezes como apoio para incompetência pastoral de muitos pastores, mas não é regra que todo teólogo tem muito que aprender com um leigo avivado.

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